sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Lugares mais violentos do Brasil 2013.

Lugares mais violentos do Brasil 2013
Número de pessoas assassinadas com armas de fogo:
O Brasil lidera o ranking dos países com mais mortes por armas de fogo. Em média são 19 assassinatos para cada 100 mil habitantes, praticamente o dobro do recomendado pela ONU. Os dados mais recentes são de 2010 e dão conta de 36.792 homicídios por tiros registrados. O segundo lugar, com menos da metade disso é o México: 17.561 homicídios. O número representa um crescimento de 346% dos últimos 30 anos.

Alagoas é o Estado mais violento, com 55,3 mortos por armas de fogo para cada 100 mil habitantes, seguido por Espírito Santo (39,4 mortos para cada 100 mil), Pará (34,6), Bahia (34,4) e Paraíba (32,8). Na outra ponta, os Estados com menos mortes por armas de fogo são: Roraima (7,1), Piauí (8), Santa Catarina (8,5) e São Paulo (9,3). O Rio de Janeiro deve taxa de 26,4 mortes para cada 100 mil; Minas Gerais (13,4), Rio Grande do Sul (16,3) e o Distrito Federal (25,3).
Homicídios por raça
Entre 2002 e 2010 o número de brancos assassinados caiu de 18.867 para 14.047 em 2010; queda de 25,5%. Já os homicídios de negros passaram de 26.952 para 34.983 (aumento de 29,8%).
Alagoas, Espírito Santo e Paraíba são os Estados com as maiores taxas de homicídios negros: 80,5; 65,0 e 60,5 para cada 100 mil negros, respectivamente. Níveis absurdamente altos, se considerarmos que o Brasil, nesse ano, apresentou taxa geral de 27,4 homicídios para cada 100 mil habitantes e essa taxa foi a quinta maior do mundo entre 90 países pesquisados.
O Paraná (22,6 negros mortos para cada 100 mil negros) foi o único Estado onde morrem proporcionalmente, mais brancos que negros devido, fundamentalmente, às elevadas taxas de homicídio de brancos (39,3 brancos mortos para cada 100 mil brancos).
Homicídio de Mulheres no Brasil
O SINAN, sistema do Ministério da Saúde de notificação compulsória de violências, registrou 70.285 atendimentos de mulheres vítimas de violência em 2011 (último ano cujas informações foram atualizadas).
A fonte utilizada para se chegar ao número de mulheres assassinadas é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Já para os dados internacionais foram utilizadas as bases de dados de mortalidade da Organização Mundial da Saúde.
Entre 1980 e 2010 mais de 92 mil mulheres foram assassinadas, sendo 43,7 mil só na última década. O número de mortes aumentou 230%, mais que triplicando a quantidade de mulheres vítimas de assassinato no Brasil. O maior crescimento se deu até o ano de 1996, onde as taxas de homicídio feminino passaram de 2,3 para 4,6 homicídios para cada 100 mil mulheres.
No primeiro ano da lei Maria da Penha3 (2007), as taxas tiveram uma leve queda, mas em seguida voltaram a crescer de forma rápida até o ano 2010, último dado atualmente disponível. É aquela velha história da Lei que na prática não consegue realmente punir ninguém.
Os meios utilizados nos homicídios femininos foram: arma de fogo (49,2%), objeto cortante/penetrante (25,8%), Objeto contundente (8,5%), Estrangulamento/sufocação (5,7%) e outros meios (10,8%).
Os Estados com mais mulheres assassinadas são Espírito Santo (9,8 mulheres mortas para cada 100 mil mulheres), Alagoas (8,3), Paraná (6,4), Pará (6,1) e Mato Grosso do Sul (6,1). Do outro lado, os Estados com menos homicídios de mulheres são: Piauí (2,5), São Paulo (3,2), Maranhão (3,5), Santa Catarina (3,5), Amazonas (3,8) e Ceará (4 mulheres mortas para cada 100 mil mulheres).
Países com as maiores taxas de homicídios femininos:
·         1. El Salvador (10,3)
·         2. Trinidad e Tobago (7,9)
·         2. Guatemala (7,9)
·         4. Rússia (7,1)
·         5. Colômbia (6,2)
·         6. Belize (4,6)
·         7. Brasil (4,4)
·         8. Casaquistão (4,3)
·         8. Guiana (4,3)
·         10. Moldávia (4,1)
Alguém tem dúvida de que a conhecida impunidade é a maior responsável por isso? O que esperar de um país onde um goleiro Bruno manda sequestrar, espancar, matar e esconder o corpo de Eliza Samudio e pega na prática, 7, 8 anos de prisão; onde um Mizael Bispo espanca, mata e joga o carro com Mércia Nakashima ainda viva e pega, na prática, 7 anos de prisão? Os números refletem a realidade. E os políticos lá no conforto da capital federal, cercado por seguranças com salários altíssimos e carros blindados, nem perdem tempo se preocupando com esse tipo de coisa. Afinal, está muito distante deles. Enfim. Veja mais números oficiais que fazem parte do Mapa da Violência.
Número de pessoas assassinadas em 2010:
Região Norte: 5.927 mortes
·         Acre: 144
·         Amapá: 259
·         Amazonas: 1.067
·         Pará: 3.482
·         Rondônia: 541
·         Roraima: 123
·         Tocantins: 311
Região Nordeste: 18.073 mortes
·         Alagoas: 2.084
·         Bahia: 5.288
·         Ceará: 2.514
·         Maranhão: 1.478
·         Paraíba: 1.454
·         Pernambuco: 3.412
·         Piauí: 427
·         Rio Grande do Norte: 727
·         Sergipe: 689
Região Sudeste: 15.237 mortes
·         Espírito Santo: 1.761
·         Minas Gerais: 3.538
·         Rio de Janeiro: 4.193
·         São Paulo: 5.745
Região Sul: 6.454 mortes
·         Paraná: 3.588
·         Rio Grande do Sul: 2.061
·         Santa Catarina: 805
Região Centro-Oeste: 4.241 mortes
·         Distrito Federal: 880
·         Goiás: 1.766
·         Mato Grosso: 963
·         Mato Grosso do Sul: 632
Taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes em 2010:
Região Norte
·         Acre: 19,6
·         Amapá: 38,7
·         Amazonas: 30,6
·         Pará: 45,9
·         Rondônia: 34,6
·         Roraima: 27,3
·         Tocantins: 22,5
Região Nordeste
·         Alagoas: 66,8
·         Bahia: 37,7
·         Ceará: 29,7
·         Maranhão: 22,5
·         Paraíba: 38,6
·         Pernambuco: 38,8
·         Piauí: 13,7
·         Rio Grande do Norte: 22,9
·         Sergipe: 33,3
Região Sudeste
·         Espírito Santo: 50,1
·         Minas Gerais: 18,1
·         Rio de Janeiro: 26,2
·         São Paulo: 13,9
Região Sul
·         Paraná: 34,4
·         Rio Grande do Sul: 19,3
·         Santa Catarina: 12,9
Região Centro-Oeste
·         Distrito Federal: 34,2
·         Goiás: 29,4
·         Mato Grosso: 31,7
·         Mato Grosso do Sul: 25,8

Brasil tem 14 das 50 cidades mais violentas do mundo.

Brasil tem 14 das 50 cidades mais violentas do mundo
Maceió e Belém são respectivamente a 3ª e a 10ª com maiores índices de violência; veja lista completa
Confira as cidades brasileiras apontadas entre as mais violentas do mundo, e seu índice de homicídios por habitantes.
Posição no ranking
Cidade
Estado
Homicídios por 100 mil habitantes
Maceió
AL
135,26
10º
Belém
PA
78,04
17º
Vitoria
ES
67,82
22º
Salvador
BA
56,98
26º
Manaus
AM
56,21
27º
São Luís
MA
50,85
29º
João Pessoa
PB
48,64
31º
Cuiabá
MT
48,32
32º
Recife
PE
48,23
36º
Macapá
AP
45,08
37º
Fortaleza
CE
42,90
39º
Curitiba
PR
38,09
40º
Goiânia
GO
37,17
45º
Belo Horizonte
MG 
34,40

Ano de 2012.

Mapa da Violência 2013: Brasil mantém taxa de 20,4 homicídios por 100 mil habitantes.

·         Alagoas, Maranhão, Espírito Santo, Pará e Bahia são os estados com os piores índices de violência.
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BRASÍLIA - O Mapa da Violência 2013 - Mortes Matadas por Armas de Fogo, divulgado nesta quarta-feira, informa que 36.792 pessoas foram assassinadas a tiros em 2010. O número é superior aos 36.624 assassinatos anotados em 2009 e mantém o país com uma taxa de 20,4 homicídios por 100 mil habitantes, a oitava pior marca entre 100 nações com estatísticas consideradas relativamente confiáveis sobre o assunto.
Entre os estados que apresentaram as mais altas taxas de homicídios estão Alagoas com 55,3, Espírito Santo com 39,4, Pará com 34,6, Bahia com 34,4 e Paraíba com 32,8. Pará, Alagoas, Bahia e a Paraíba estão entre os cinco estados também que mais sofreram com o aumento da violência na década. No Pará, o número de assassinatos aumentou 307,2%, Alagoas 215%, Bahia 195% e Paraíba 184,2%. Neste grupo está ainda o Maranhão com a disparada da matança em 282,2% entre o ano 2000 e 2010.

O Rio de Janeiro aparece em 8º lugar no ranking dos estados mais violentos com uma taxa de 26,4. O estudo mostra, no entanto, que o número de mortes por armas de fogo está em declínio. De 2000 a 2010, os assassinatos a tiros no Rio caíram 43,8%. Em São Paulo a queda foi ainda maior, 67,5%, e o estado viu a taxa de homicídio baixar 9,3%. O estado, que no início da década passada estava entre os seis mais violentos, aparece desta vez na 24º posição, atrás apenas de Santa Catarina, Roraima e Piauí.
Entre as capitais mais violentas estão Maceió, a primeira da lista com 94,5 homicídios por 100 mil habitantes. Logo depois vêm João Pessoa com taxa de 71,6, Vitória com 60,7, Salvador com 59,6 e Recife com 47,8. São taxas bem acima da média nacional, 20,4, e dos níveis considerados toleráveis pela ONU, que giram em torno de 10 homicídios por 100 mil. Com uma taxa de 23,5, o Rio aparece em 19º lugar na lista. A cidade de São Paulo apresentou taxa de 10,4 e está na 25ª colocação.
Para Júlio Jacobo Waiselfisz, coordenador do Mapa da Violência 2013, a declarada priorização da segurança pública por governadores e iniciativas do governo federal tais como a campanha do desarmamento não foram suficientes para forçar a queda dos índices de violência na primeira década do século XXI. Do ano 2.000, segunda metade do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, até o fim do segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 2010, foi registrada uma taxa de aproximadamente 20 homicídios com armas de fogo por 100 mil habitantes.
— Não tenho elementos para julgar (a correção) das políticas de segurança. Mas se está havendo alto índice de violência, nossas políticas não são suficientes — comenta Jacobo.
O estudo confirma ainda a "nacionalização" dos homicídios e duas diferentes tendências da violência. O número de assassinatos a tiros tem aumentado em áreas tradicionalmente hospitaleiras do Norte e do Nordeste e diminuído no Sudeste, a partir de avanços registrados em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dos cinco estados mais violentos do país em 2010, três estão na região Nordeste: Alagoas, Bahia e Paraíba. Quatro das cinco cidades com os piores dados estão no litoral da região: Maceió, João Pessoa, Salvador e Recife.
Para Jacobo, a escalada da violência em cidades e estados do Nordeste não significa que está havendo uma "nordestinização" da matança. Para ele, o que está havendo é a expansão em âmbito nacional da criminalidade. As mortes violentas, que antes de concentravam em grandes centros urbanos como São Paulo e Rio, estão se espalhando pelo país. O movimento acompanharia a desconcentração industrial e os deslocamentos populacionais ligados às atividades econômicas.
— Não dá para dizer que está havendo uma nordestinização da violência. A violência tem crescido também no Paraná, em Santa Catarina e no entorno de Brasília — disse Jacobo.
Santa Catarina sofreu aumento de homicídios de 44,5% na década, embora ainda permanece com taxa de 8,5 homicídios por grupos de 100 mil. O Distrito Federal, com uma taxa de 25,3 por 100 mil, está em 9º lugar no ranking de assassinatos com armas de fogo. O Mapa da Violência apresenta o ranking de homicídios das cidades com mais de 20 mil habitantes.
Entre as cinco cidades mais perigosas do país estão: Simões Filho, na Bahia, com taxa de 141,5 homicídios por 100 mil habitantes; Campina Grande do Sul, no Paraná, com 107,0, Lauro de Freitas (BA) com 106,6, Guaíra com 103,9, e Maceió com 91,6. São números piores que o de Medellin e Bogotá, na Colômbia, no auge do poder do narcotráfico de Pablo Escobar. Para Jacomo, a onda de violência em algumas cidades e estados brasileiros também estaria ligada ao narcotráfico, ao crime organizado e a grande quantidade de armas em circulação.
Pelo estudo, 70% dos homicídios no país são cometidos com armas de fogo. Uma explicação seria a disseminação da cultura da violência. Segundo o pesquisador, muitos homicídios resultam dos chamados conflitos de proximidade. São desentendimentos em que uma das partes, ao invés de tentar eliminar o conflito, mata o oponente.