Lugares mais
violentos do Brasil 2013
Número de pessoas
assassinadas com armas de fogo:
O Brasil lidera o ranking dos países
com mais mortes por armas de fogo. Em média são 19 assassinatos para cada 100
mil habitantes, praticamente o dobro do recomendado pela ONU. Os dados mais
recentes são de 2010 e dão conta de 36.792 homicídios por tiros registrados. O
segundo lugar, com menos da metade disso é o México: 17.561 homicídios. O
número representa um crescimento de 346% dos últimos 30 anos.
Alagoas é o Estado mais violento, com
55,3 mortos por armas de fogo para cada 100 mil habitantes, seguido por
Espírito Santo (39,4 mortos para cada 100 mil), Pará (34,6), Bahia (34,4) e
Paraíba (32,8). Na outra ponta, os Estados com menos mortes por armas de fogo
são: Roraima (7,1), Piauí (8), Santa Catarina (8,5) e São Paulo (9,3). O Rio de
Janeiro deve taxa de 26,4 mortes para cada 100 mil; Minas Gerais (13,4), Rio
Grande do Sul (16,3) e o Distrito Federal (25,3).
Homicídios por raça
Entre 2002 e 2010 o número de brancos
assassinados caiu de 18.867 para 14.047 em 2010; queda de 25,5%. Já os
homicídios de negros passaram de 26.952 para 34.983 (aumento de 29,8%).
Alagoas, Espírito Santo e Paraíba são
os Estados com as maiores taxas de homicídios negros: 80,5; 65,0 e 60,5 para
cada 100 mil negros, respectivamente. Níveis absurdamente altos, se
considerarmos que o Brasil, nesse ano, apresentou taxa geral de 27,4 homicídios
para cada 100 mil habitantes e essa taxa foi a quinta maior do mundo entre 90
países pesquisados.
O Paraná (22,6 negros mortos para cada
100 mil negros) foi o único Estado onde morrem proporcionalmente, mais brancos
que negros devido, fundamentalmente, às elevadas taxas de homicídio de brancos
(39,3 brancos mortos para cada 100 mil brancos).
Homicídio de
Mulheres no Brasil
O SINAN, sistema do Ministério da Saúde
de notificação compulsória de violências, registrou 70.285 atendimentos de
mulheres vítimas de violência em 2011 (último ano cujas informações foram atualizadas).
A fonte utilizada para se chegar ao
número de mulheres assassinadas é o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM)
da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Já para os dados
internacionais foram utilizadas as bases de dados de mortalidade da Organização
Mundial da Saúde.
Entre 1980 e 2010 mais de 92 mil
mulheres foram assassinadas, sendo 43,7 mil só na última década. O número de
mortes aumentou 230%, mais que triplicando a quantidade de mulheres vítimas de
assassinato no Brasil. O maior crescimento se deu até o ano de 1996, onde as
taxas de homicídio feminino passaram de 2,3 para 4,6 homicídios para cada 100
mil mulheres.
No primeiro ano da lei Maria da Penha3
(2007), as taxas tiveram uma leve queda, mas em seguida voltaram a crescer de
forma rápida até o ano 2010, último dado atualmente disponível. É aquela velha
história da Lei que na prática não consegue realmente punir ninguém.
Os meios utilizados nos homicídios
femininos foram: arma de fogo (49,2%), objeto cortante/penetrante (25,8%),
Objeto contundente (8,5%), Estrangulamento/sufocação (5,7%) e outros meios
(10,8%).
Os Estados com mais mulheres
assassinadas são Espírito Santo (9,8 mulheres mortas para cada 100 mil
mulheres), Alagoas (8,3), Paraná (6,4), Pará (6,1) e Mato Grosso do Sul (6,1).
Do outro lado, os Estados com menos homicídios de mulheres são: Piauí (2,5),
São Paulo (3,2), Maranhão (3,5), Santa Catarina (3,5), Amazonas (3,8) e Ceará
(4 mulheres mortas para cada 100 mil mulheres).
Países com as maiores taxas de homicídios femininos:
·
1. El Salvador (10,3)
·
2. Trinidad e Tobago (7,9)
·
2. Guatemala (7,9)
·
4. Rússia (7,1)
·
5. Colômbia (6,2)
·
6. Belize (4,6)
·
7. Brasil (4,4)
·
8. Casaquistão (4,3)
·
8. Guiana (4,3)
·
10. Moldávia (4,1)
Alguém tem dúvida de que a conhecida
impunidade é a maior responsável por isso? O que esperar de um país onde um goleiro
Bruno manda sequestrar, espancar, matar e esconder o corpo de Eliza
Samudio e pega na prática, 7, 8 anos de prisão; onde um Mizael
Bispo espanca, mata e joga o carro com Mércia Nakashima ainda
viva e pega, na prática, 7 anos de prisão? Os números refletem a realidade. E
os políticos lá no conforto da capital federal, cercado por seguranças com
salários altíssimos e carros blindados, nem perdem tempo se preocupando com
esse tipo de coisa. Afinal, está muito distante deles. Enfim. Veja mais números
oficiais que fazem parte do Mapa da Violência.
Número de pessoas assassinadas em
2010:
Região Norte: 5.927 mortes
·
Acre: 144
·
Amapá: 259
·
Amazonas: 1.067
·
Pará: 3.482
·
Rondônia: 541
·
Roraima: 123
·
Tocantins: 311
Região Nordeste: 18.073 mortes
·
Alagoas: 2.084
·
Bahia: 5.288
·
Ceará: 2.514
·
Maranhão: 1.478
·
Paraíba: 1.454
·
Pernambuco: 3.412
·
Piauí: 427
·
Rio Grande do Norte: 727
·
Sergipe: 689
Região Sudeste: 15.237 mortes
·
Espírito Santo: 1.761
·
Minas Gerais: 3.538
·
Rio de Janeiro: 4.193
·
São Paulo: 5.745
Região Sul: 6.454 mortes
·
Paraná: 3.588
·
Rio Grande do Sul: 2.061
·
Santa Catarina: 805
Região Centro-Oeste: 4.241 mortes
·
Distrito Federal: 880
·
Goiás: 1.766
·
Mato Grosso: 963
·
Mato Grosso do Sul: 632
Taxa de homicídio para cada 100 mil
habitantes em 2010:
Região Norte
·
Acre: 19,6
·
Amapá: 38,7
·
Amazonas: 30,6
·
Pará: 45,9
·
Rondônia: 34,6
·
Roraima: 27,3
·
Tocantins: 22,5
Região Nordeste
·
Alagoas: 66,8
·
Bahia: 37,7
·
Ceará: 29,7
·
Maranhão: 22,5
·
Paraíba: 38,6
·
Pernambuco: 38,8
·
Piauí: 13,7
·
Rio Grande do Norte: 22,9
·
Sergipe: 33,3
Região Sudeste
·
Espírito Santo: 50,1
·
Minas Gerais: 18,1
·
Rio de Janeiro: 26,2
·
São Paulo: 13,9
Região Sul
·
Paraná: 34,4
·
Rio Grande do Sul: 19,3
·
Santa Catarina: 12,9
Região Centro-Oeste
·
Distrito Federal: 34,2
·
Goiás: 29,4
·
Mato Grosso: 31,7
·
Mato Grosso do Sul: 25,8